domingo, 24 de maio de 2009

Devemos ser inconvenientes sempre que se justificar.

Podem-me acusar de não ter uma conduta mais adequada, na forma como divulgo casos reais de má gestão das árvores e da forma que elas são acompanhadas. Mas sinceramente e como já tenho dito, estamos na era da inconveniência. Serei sempre inconveniente para aqueles que insistem em divulgar a arboricultura, mas que na realidade usam abusam das árvores para ganhar a vida e não cumprem o código de ética que a profissão exige. Não devemos deixar impunes, aqueles que tais actos praticam e destroem a beleza natural das nossas árvores. Mesquita Guimarães Agro Florestal Lda., foi responsável pela execução de trabalhos de poda das árvores do Centro Cívico de Gondifelos. Na minha opinião deveria ter demovido os responsáveis deste espaço para tais práticas e informa-los das consequências que acarretarão para o futuro das mesmas. Tal não aconteceu e lamentavelmente executou o trabalho quando deveria recusar. As empresas de arboricultura devem ser as primeiras a alertar casos destes.
Para meu espanto quando foi tirar fotografias as árvores em questão, deparei que estavam a podar as árvores do Jardim de Infância de Gondifelos. Neste caso os responsáveis eram madeireiros. Uma poda barbara como podem ver. Porque é que podaram as árvores desta forma? Porque adoptaram o modelo de poda do centro Cívico. Como podemos ver, casos destes têm consequências maiores que vão para além dos danos causados as próprias árvores. Com um exemplo assim, que imagem transmitimos e o que pensam as crianças que convivem diariamente neste espaço? Brevemente, no site que Associação Portuguesa de Arboricultura Moderna vai dispor, será divulgada uma lista de empresas e técnicos especializados, capazes de executar os serviços de arboricultura, respeitando a ética profissional e cumprindo as regras europeias vigentes. Será também adoptado um modelo europeu de certificação. Situação que está a ser planeada em conjunto com a Sociedade Internacional de Arboricultura e com o Conselho europeu de Arboricultura.

4 comentários:

Meio Ambiente e Saúde Pública disse...

Parabéns pelo documentário, precisamos ser vigilantes com o desmatamento urbano.Precisamos divulgar a importância da arborização urbana.
Conte comigo!

Anmarcos disse...

As árvores continuam a ser maltratadas em Portugal. Há muito bom trabalho realizado nas escolas por professores e alunos, sensibilizando para o problema. Este Jardim de Infância é um mau exemplo e como tal deve ser denunciado.

Tiago Guimarães disse...

Concordo sem dúvida que,algumas podas que se realizam por este país, se fazem sem o cuidado e o conhecimento necessário. Além do mais, ve-se nas nossas ruas marcas de podas muito mal executadas, desde podridões, cicatrizes enormes, que percorrem todo o tronco, o que conduzirá ao abate da árvore, ou entao, no pior cenário, à sua queda. Mas temos que ter noção que o problema não está só na poda efectuada, está também em quem seleccionou as especies. Temos que ter em mente, quando se coloca uma especie arborea num certo local, o tamanho e o volume de copa que esta vai ocupar, e claro, quando não se verificam estes aspectos, as árvores vão começar a incomodar e entao isto conduz ao assunto abordado neste post. E as pessoas nem se apercebem que este tipo de poda, depois de ser feito uma vez, terá que ser feito todos os anos, porque os ramos que agora vão surgir, proveem de gemas da casca, isto é, são ramos que ao tornarem-se muito pesados, poderão eventualmente cair e causar danos. Não sou de Gondifelos, mas trabalho lá e gostei de saber que temos pessoas preocupadas com aquilo que se passa nesta freguesia. Tinha muito para dizer, mas este comentário já vai muito longo. Só peço a quem realiza as podas para não efectuar em todas as especies, o mesmo tipo de poda. Imitar a poda cabeça de salgueiro pode ser muito prejudicial. Cumprimentos a todos

Tiago Guimarães disse...
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